O Presidente do Fundo Castlepines, David Grose, acompanhado de uma comitiva de secretários de Estado, prefeitos e lideranças políticas da região acertaram na quinta-feira (21) a construção de uma fábrica de pellets da Pellco Brasil no município de Pinheiro Machado (RS).
Embrapa: 174 milhões de hectares de mata preservada estão em áreas privadas
Cálculos do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam que mais de 174 milhões de hectares de vegetação nativa preservados estão dentro de imóveis rurais particulares. A quantidade corresponde a 47,7% da área total dos imóveis rurais brasileiros cadastrados no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) até dezembro de 2016, excluindo os estados do Mato Grosso do Sul e do Espírito Santo, que ainda não estão no sistema. As informações são da Agência Brasil.
“Em todos os estados, os agricultores preservam mais do que a lei exige. Eles estão todos acima do mínimo. Esse mínimo é por bioma. No bioma Mata-Atlântica é 20%, no bioma Cerrado e Pampa também. Passa a 35% quando o cerrado está na Amazônia Legal, enquanto no bioma Amazônia é 80% [a exigência] de área preservada”, destacou o coordenador do estudo e pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda.
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais. Ele foi instituído pelo novo Código Florestal. Os agricultores têm prazo para cadastrar todo o seu capital ambiental até o fim de 2017. No entanto, a maioria dos registros já havia sido feita até dezembro de 2016.
Oportunidade
“O governo fala de pagamentos de serviços ambientais, diz que é bom para o planeta, para a bacia hidrográfica e para a chuva. Mas quem está bancando sozinhos são os agricultores, muitos deles pequenos produtores. Às vezes, para eles isso é pesado. Acho que a gente deveria, com esses números, se inspirar para buscar caminhos que pudessem ajudar um pouco esses agricultores pelo que eles fazem por todos”, acrescentou Miranda.
Para o gerente do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Luís Fernando Guedes, a grande quantidade de mata preservada dentro dos imóveis rurais pode representar um diferencial e uma oportunidade comercial para o país.
“É uma oportunidade potencialmente comercial de colocar aos mercados internacionais que nossa produção está associada à conservação, usando para isso as certificações e vários outros instrumentos. Podemos atrair recursos capitais que vão manter a floresta em pé, para os serviços ambientais. É uma questão de reputação e imagem do Brasil na comunidade internacional”, destacou.
Agenda
Guedes afirmou que a quantidade de mata preservada não deve ser encarada como justificativa para uma elevação no desmatamento. “A agenda que o Brasil protege muita floresta é uma agenda positiva. É uma oportunidade e ela não é um argumento para justificar que precisa desmatar mais.”
“Não tem nenhum argumento que justifique desmatar para aumentar a produção agropecuária. O aumento da nossa safra, da riqueza gerada pelo setor ela pode acontecer pela via da intensificação, de uso mais racional da terra, de um aproveitamento melhor das áreas abertas”, concluiu.
Fonte: Portal Amazônia
Drones: nova tecnologia de monitoramento em florestas plantadas
O mais novo equipamento tecnológico que está sendo utilizado no monitoramento das florestas plantadas por algumas empresas é denominado de Veículos Aéreos não Tripulados (VANTs) ou simplesmente drones, como ficaram popularmente conhecidos quando foram criados para fins militares.
O drone, de acordo com a Forest Brasil, deve ser considerado um veículo aéreo não tripulado com sofisticados meios eletrônico embarcados, que permite transportar diferentes sistemas de captura de imagens. Sua instrumentação aviônica possui sistemas de controle que permitem vôos com alta estabilidade devido a tecnologias como robótica, nanotecnologia e sensores de alto poder de processamento de dados. Por isso, podem ser constituídos por fibras de carbono, assim aqueles providos de até 4 motores e hélices, podem chegar a pesar até menos de 6 quilos, com todos os equipamentos necessários para captura de imagens.
A utilização dos veículos aéreos não tripulados para o monitoramento e o acompanhamento de operações pode ser uma das estratégias utilizadas pelo setor florestal e agrícola no Brasil. Nesses setores a grande vantagem seria a precisão com que se pode detectar e monitorar grandes áreas em tempo real.
As imagens coletadas pelos drones são de alta resolução, sendo consideradas superiores às imagens feitas pelos satélites, que são analisadas com auxílio de programas de computador, a qual indica, através das cores específicas, os possíveis problemas encontrados na área como doenças, falhas, áreas atacadas por pragas, plantas daninhas, deficiência hídrica, comportamento dos sítios, entre outros.
De acordo com o professor Rubens Duarte Coelho, coordenador do curso de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ, um drone voando a uma altitude de 300 metros, que é o limite máximo de altura autorizada para um voo não tripulado, com câmeras especiais acopladas, é possível obter uma foto de 6 hectares de área. Com diferencial de captura de imagens e que pode ser realizada a qualquer hora do dia e inúmeras vezes em um mesmo dia.
Diante do exposto, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) anunciou que, até novembro de 2014, deverá sair à regulamentação do uso de veículos aéreos não tripulados na Agricultura de Precisão.